Desafio do Seminarista
18/07/11
É impressionante como Deus fala conosco de diferentes (e estranhas) formas! Todos os dias Ele fala, mas nem sempre estamos atentos. Hoje, além de comentar sobre como tenho me saído no desafio, vou escrever um pouco sobre as duas formas de como Ele falou comigo.
Desafio. Esclarecendo, muitos me perguntam se estou fazendo “jejum espiritual de tecnologia”, voto, propósito, pagando promessa, simpatia, etc. Não tem nada a ver! Sou um cara um tanto quanto excêntrico quando quero (mais do que as pessoas acham) e resolvi me experimentar. O objetivo do desafio é viver na simplicidade, abrindo mão dos principais “facilitadores” contemporâneos.
Chuveiro. Não tenho tido problema em tomar banho gelado, pois, na verdade, meu chuveiro havia queimado antes e já estava me acostumando.
Comida. Como resolvi não comprar qualquer tipo de comida pronta pro consumo, eu tenho preparado minhas refeições e lanches em casa, almoçando antes de ir trabalhar – pra não ter que utilizar o micro-ondas do trabalho e nem comer comida fria. Hoje eu almocei às 10:50! Numa boa. Fiz um macarrão ao sugo. Na verdade, eu gosto bastante de cozinhar – o chato é ter que fazer todo dia.
Celular, internet, TV. Não tenho sentido falta. Aliás, não sentir falta do celular é o que mais me surpreende.
MP3. Tenho sentido falta. Eu amo música! E, no trabalho, por incrível que pareça, me ajuda a me concentrar. Sem meu MP3 sou obrigado a ouvir JB FM (rádio típica de consultório médico que toca as mesmas 10 músicas chatas o dia inteiro, todos os dias)!
Infância. Estava conversando com meu colega do trabalho Eduardo e ele lembrou bem que, nas épocas das nossas infâncias, não fazíamos uso de quase nenhum desses “facilitadores”. Antes, era comum levarmos um sanduíche, uma banana e suco de caju pra merenda da escola, além da maior parte das nossas brincadeiras ser junto dos amigos, correndo, caindo e se levantando.
Livro. Hoje Deus falou MUITO comigo através de um livro que comecei a ler: “O Silêncio de Adão” de Larry Crabb. Comprei o livro pois sabia que tratava do papel do homem segundo a Palavra de Deus e seus desafios hoje – e, como estou à frente do Ministério de Homens na igreja, achei que seria útil para o ministério. Achei também que falaria mais especificamente para homens casados – coisa que ainda não sou! Mas me surpreendi. De cara Deus falou muito comigo, me identifiquei demais; parece que o livro foi escrito pra mim! Sinistro! Hehehe.
Primeira falha. Terminando este longo post, vou confessar uma primeira falha na realização do desafio. Fui fazer compras pra semana e vim carregando as sacolas pesadas do mercado até o meu prédio. Sabia que teria de subir de escada para o meu apartamento, mas chegando à portaria me deparei com a porta do elevador escancarada, gentileza do porteiro, esperando que eu entrasse. Rapidamente pensei: “Esta é uma exceção. E imagine o que o porteiro vai achar se eu falar agora ‘não, obrigado; prefiro subir de escada!’.” De fato, por um lado, especificamente neste caso, talvez fosse um preciosismo ou até “uso legalista da regra” se eu não subisse de elevador. Meu princípio é o da simplicidade (vivida de forma intencionalmente radical para os fins do desafio), não o do sofrimento. Porém, Deus me ensinou algo logo depois. Preste atenção:
Com todas as minhas justificativas, explicações, motivos, o que foi que eu fiz? Descumpri a regra, falhei no que havia me proposto fazer. Sim, parecendo legítimo ou não, eu sabotei meu compromisso. E Deus me ensinou a partir disso algo sobre mim e sobre o pecado. Muitas vezes nos sentimos bem, “tirando de letra” as tentações – ainda mais depois de um “domingo abençoado”. A gente faz tudo direitinho e, sem perceber, vai se sentindo “o máximo”, “o cara”. E, de repente, por algum motivo, a carga que levamos é maior (uma conversa que temos, uma revista que vemos na banca, um pensamento que alimentamos). Mas aparentemente tudo bem. Não convidamos ninguém para dividir as cargas conosco. Não lembramos, ao carregar nossa “cruz”, da cruz muito mais pesada que Jesus carregou por nós. Nem pedimos qualquer ajuda a Ele. “Eu estou conseguindo sozinho”, penso. Até que... Nos deparamos com uma porta escancarada quando já estamos cansados. Sim, naquela “hora”, ainda podemos dizer “não”. Mas nos envergonhamos diante do que vão achar – os outros ou nós mesmos – e cedemos. Erramos o alvo, falhamos no nosso compromisso com Deus. Ainda que rodeados de “justificativas”.
Ser contracultura exige autoconhecimento, coragem, fé, humildade, determinação, submissão e confiança em Deus. Fazer a vontade Dele muitas vezes exigirá renúncia do caminho mais fácil. Da próxima vez eu direi: “Obrigado, mas esta semana resolvi subir apenas de escada. Coisa de maluco mesmo!”.
Confira amanhã o terceiro dia do Desafio do Seminarista!
Eu li Lelê! Achei legal vc ter percebido que não precisa tanto do celular.
ResponderExcluirO interessante é que a porta escancarada do elevador do seu prédio é larga e nesse caso te levou a perder o foca naquele instante... ma mesmo assim Deus fala, Ele sempre fala!
Abração rapaz, vou dormir.
Legal, Mateus! Valeu! Abração!!!
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