No mês passado eu não consegui parar e escrever pro blog, embora quisesse. A rotina da gente suga as energias e torna a administração qualitativa do tempo um grande desafio. Diferentemente dos participantes de um reality show que, na maioria das vezes, passam o dia na piscina e em confortáveis almofadões.
A enquete do mês passado perguntou se os reality shows reproduziam a vida real. A maioria respondeu que não. Vamos então analisar em que aspectos não reproduzem mesmo - e se há algo que pode refletir sim a realidade "aqui fora".
Não. Sem dúvida, não consigo imaginar que os "peões" de A Fazenda sejam exatamente a mesma coisa aqui fora. Isso porque todos nós, em maior ou menor escala, nos importamos com a opinião do outro, tendendo assim a mudar quando estamos sendo observados. Outro aspecto é o jogo. A estratégia da maioria, ainda que inconsciente, será esconder os defeitos, sufocar os impulsos, e dar destaque às suas maiores qualidades. Normal. Quem não gostaria de um prêmio de 2 milhões de reais? Há também aqueles cuja estratégia é a de serem polêmicos, darem Ibope. Dão um chute na sua reputação em nome de um jogo milionário. Fazem as vezes de um adolescente que quer ser popular. Pior que muitas vezes conseguem, o que reflete a "maturidade" do público.
Sim. Ainda que um reality não forneça as condições para que conheçamos de verdade um determinado participante, há um aspecto que reflete em muito a vida real: as relações interpessoais. Marcadas por disputas, intrigas, fofocas, invejas, seduções, indiferenças, as relações entre as pessoas no mundo real não ficam atrás do que vemos na telinha. Cada um preocupado com o que pode auferir às custas do outro. Relações utilitaristas. Um game pra ver quem é o mais malandro. Que "Big Brother" é esse?
Acho que deveríamos viver mais a vida real da gente do que viver a vida dramatizada dos outros. Deveríamos aproveitar melhor nosso tempo "entrando" na vida das pessoas reais, que riem, choram, sonham e às vezes estão no "paredão" da vida precisando do nosso apoio. Outro aspecto que deveria dissuadi-lo, como cristão, do interesse por este tipo de programação é seu forte apelo hedonista, o incentivo a uma sensualidade livre que ignora quem o outro é - ou o confunde com um pedaço de carne.
Considero que A Fazenda é um reality menos apelativo (se comparado ao Big Brother), os participantes tem mais atividades úteis (como o cuidado com os animais) e as provas de liderança são bem criativas. Confesso que gosto de assistir a estas de vez em quando. Contudo, fico imaginando quão melhor seria se perdêssemos menos tempo com isso. Temos direito ao lazer, à distração - ainda mais depois de um dia estressante. Mas fica aqui o meu incentivo a uma vida de relacionamentos qualitativos e que busca edificar algo permanente. Deus nos chama também a "remir o tempo", sendo bons admistradores do que Ele nos confiou.
Como já dizia o poeta Renato Russo, é imprescindível sairmos dos nossos mundos fictícios para "amar as pessoas como se não houvesse amanhã". Elas precisam de nós - e nós delas também. Só Deus pode nos fazer amar assim, pra além de nós mesmos. Enfim, qual a vida que você tem vivido? Pense nisso!
Glória a Deus! É bem verdade que de reality esses shows não tem quase nada! Precisamos acordar para a realidade ao nosso redor e não sonhar com o show fantasioso que a mídia nos empurra.
ResponderExcluirShalom;
parabéns pelo blog!
Obrigado!!!
ResponderExcluir