Vira e mexe e eu me deparo com uma notícia no Facebook de que algum amigo ou conhecido está de luto pela morte de um ente querido ou mesmo de um animal de estimação. Ou que ele próprio está em tratamento contra uma doença agressiva (qual não é, né?), tipo câncer, ou foi internado com problemas no coração. E o que fazer? Vou "curtir" a notícia para apenas dizer "estou aqui se precisar, me solidarizo com você"? Curtir isso é estranho. Ou comentar o quê? "Meus sentimentos, Deus console seus corações" ou "Estarei orando. O Senhor é com você!" ou simplesmente colocar uma carinha de triste "=("? Geralmente é o que faço, mas o que queria mesmo era estar ao lado da pessoa para abraçar e não dizer nada. Para que ela apenas soubesse que estou ali. Que me importo. Mas infelizmente preferimos a facilidade e a mediocridade da solidariedade virtual. Isso é algo para pensarmos - mas ainda não é sobre isso que quero escrever hoje.
O falecimento de uma pessoa querida, uma doença que exige maiores cuidados, o rompimento de um relacionamento duradouro, a perda de um animalzinho de estimação, o desemprego repentino e outras situações críticas como essas são difíceis demais de lidarmos. Ninguém está preparado para elas. Não entendemos e muitas vezes continuaremos sem entender os porquês delas. Contudo, na vida todos as enfrentaremos. A geografia da dor faz parte da vida. A pergunta é: como a atravessaremos? Ou ainda: o que esperamos encontrar do outro lado?
A resposta da primeira pergunta talvez seja "sobrevivendo". Ok. Nós fazemos o que podemos. Vivemos o luto, a dor, nos sentimos impotentes e vamos vivendo como podemos. Porém é fato que muitos adoecem ainda mais no coração. Morrem junto. Adoecem o espírito. Se entregam ao problema. Que tal se entregar a Deus todos os dias? Que tal dizer: "Não sei o que fazer, Senhor. Me abraça e me guia". Isso não resolverá seus problemas num passe de mágica, mas te lembrará que existe um Deus que está contigo no vale da sombra da morte. Nesse vale a única coisa que importa é que Ele está contigo. E por mais relutantes que estejamos, acredite: Ele é tudo de que você precisa. As situações em que Ele é tudo que você tem só evidenciam isso.
E a segunda pergunta: o que esperamos encontrar do outro lado dessa geografia tenebrosa? Ausência de dor? Não acredito nisso. Um final feliz digno de filme "água com açúcar" de Hollywood? Também não. Mas talvez você encontre você. Sim, você! Talvez você encontre o seu melhor. Descubra que é mais forte do que pensava. Que precisava se dar esse abraço demorado que cura. Se ainda não deu, se dê esse abraço! Você merece depois de tudo que passou. Talvez você encontre Deus - de novo. Não que já não O conheça, mas nessas situações percebemos de forma especial Seu cuidado nas pequenas coisas. Ele é o Seu tudo - sempre foi, mas hoje você vê com clareza isso. Sem Ele nada faz sentido. Nele confiamos e descansamos. Seu Espírito fortalece nosso espírito. Talvez você encontre também as pessoas que mais ama e que mais te amam. Elas não te abandonam nos dias difíceis. Pelo contrário, a presença delas nos conforta. Elas se tornam mensageiras do amor de Deus por nós. E não há dúvidas de que nosso maior patrimônio são as pessoas que Ele colocou em nossas vidas. É bom saber que, mesmo que poucas, elas estão ali. Talvez devêssemos hoje, estando passando ou não por essa geografia de dor, dedicar mais tempo às pessoas que Deus colocou para caminharem ao nosso lado.
Sempre arrumamos tempo pro que de fato é importante na nossa vida. Mas infelizmente, na maior parte das vezes, só em situações-limite nos damos conta disso. Com essa afirmação não quero que olhe pro passado, mas pro presente. A intenção é apontar possibilidades. Hoje é o tempo de amarmos, sem medo crônico de perder. Hoje é o tempo de rir e chorar com os amigos, até porque eles existem pra isso mesmo. Hoje é o tempo de cuidar dos que precisam de nós - e nos cuidarmos também. Hoje é o tempo de viver - pois, se você está aqui lendo isso, é porque Deus ainda tem planos pra você. Se andou trocando o presente pelo passado, meu convite é para que deixe o passado no seu lugar importante de passado. E volte os olhos pro agora. O aprendizado da geografia da dor nos capacita para escalarmos montanhas altas e superarmos obstáculos. E nos capacita a pararmos e descansarmos também periodicamente - pois sabemos que somos humanos e não super-humanos. E essa viagem nunca fazemos sozinhos, pois precisamos uns dos outros. Dividimos nossas cargas e chegamos mais longe. Lágrimas de suor, cascalho nos pés e fadiga da alma misturam-se, humana e paradoxalmente, com aromas e sabores da vida, água para os pés e o abraço de esperança de Deus. Ele não te abandona.
O falecimento de uma pessoa querida, uma doença que exige maiores cuidados, o rompimento de um relacionamento duradouro, a perda de um animalzinho de estimação, o desemprego repentino e outras situações críticas como essas são difíceis demais de lidarmos. Ninguém está preparado para elas. Não entendemos e muitas vezes continuaremos sem entender os porquês delas. Contudo, na vida todos as enfrentaremos. A geografia da dor faz parte da vida. A pergunta é: como a atravessaremos? Ou ainda: o que esperamos encontrar do outro lado?
A resposta da primeira pergunta talvez seja "sobrevivendo". Ok. Nós fazemos o que podemos. Vivemos o luto, a dor, nos sentimos impotentes e vamos vivendo como podemos. Porém é fato que muitos adoecem ainda mais no coração. Morrem junto. Adoecem o espírito. Se entregam ao problema. Que tal se entregar a Deus todos os dias? Que tal dizer: "Não sei o que fazer, Senhor. Me abraça e me guia". Isso não resolverá seus problemas num passe de mágica, mas te lembrará que existe um Deus que está contigo no vale da sombra da morte. Nesse vale a única coisa que importa é que Ele está contigo. E por mais relutantes que estejamos, acredite: Ele é tudo de que você precisa. As situações em que Ele é tudo que você tem só evidenciam isso.
E a segunda pergunta: o que esperamos encontrar do outro lado dessa geografia tenebrosa? Ausência de dor? Não acredito nisso. Um final feliz digno de filme "água com açúcar" de Hollywood? Também não. Mas talvez você encontre você. Sim, você! Talvez você encontre o seu melhor. Descubra que é mais forte do que pensava. Que precisava se dar esse abraço demorado que cura. Se ainda não deu, se dê esse abraço! Você merece depois de tudo que passou. Talvez você encontre Deus - de novo. Não que já não O conheça, mas nessas situações percebemos de forma especial Seu cuidado nas pequenas coisas. Ele é o Seu tudo - sempre foi, mas hoje você vê com clareza isso. Sem Ele nada faz sentido. Nele confiamos e descansamos. Seu Espírito fortalece nosso espírito. Talvez você encontre também as pessoas que mais ama e que mais te amam. Elas não te abandonam nos dias difíceis. Pelo contrário, a presença delas nos conforta. Elas se tornam mensageiras do amor de Deus por nós. E não há dúvidas de que nosso maior patrimônio são as pessoas que Ele colocou em nossas vidas. É bom saber que, mesmo que poucas, elas estão ali. Talvez devêssemos hoje, estando passando ou não por essa geografia de dor, dedicar mais tempo às pessoas que Deus colocou para caminharem ao nosso lado.
Sempre arrumamos tempo pro que de fato é importante na nossa vida. Mas infelizmente, na maior parte das vezes, só em situações-limite nos damos conta disso. Com essa afirmação não quero que olhe pro passado, mas pro presente. A intenção é apontar possibilidades. Hoje é o tempo de amarmos, sem medo crônico de perder. Hoje é o tempo de rir e chorar com os amigos, até porque eles existem pra isso mesmo. Hoje é o tempo de cuidar dos que precisam de nós - e nos cuidarmos também. Hoje é o tempo de viver - pois, se você está aqui lendo isso, é porque Deus ainda tem planos pra você. Se andou trocando o presente pelo passado, meu convite é para que deixe o passado no seu lugar importante de passado. E volte os olhos pro agora. O aprendizado da geografia da dor nos capacita para escalarmos montanhas altas e superarmos obstáculos. E nos capacita a pararmos e descansarmos também periodicamente - pois sabemos que somos humanos e não super-humanos. E essa viagem nunca fazemos sozinhos, pois precisamos uns dos outros. Dividimos nossas cargas e chegamos mais longe. Lágrimas de suor, cascalho nos pés e fadiga da alma misturam-se, humana e paradoxalmente, com aromas e sabores da vida, água para os pés e o abraço de esperança de Deus. Ele não te abandona.
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