"Os justos levam em conta os direitos dos pobres, mas os ímpios nem se importam com isso." (Provérbios 29.7)
Por conta da crise econômica e de vários incidentes políticos nos últimos anos, o Brasil vive uma gigantesca polarização em termos políticos. Uns se dizem de direita, outros de esquerda, outros já desencantaram de política e alguns não sabem nem quem é o prefeito de sua própria cidade. E todos brigam, pois orientação política virou time de futebol. E o Brasil perde, óbvio. E os cristãos? Como devem se posicionar em meio a isso tudo? Será possível conciliar a fé cristã com determinada orientação política?
Embora eu tenda para uma visão política específica, que considero mais madura, acredito que nenhuma ideologia humana dá conta do que biblicamente é aconselhado. Não em sua totalidade. E, não, isso não é discurso para justificar a alienação. Pelo contrário, é um incentivo à reflexão honesta, que nasce da pesquisa e de um mínimo engajamento social, em coerência com o que cremos. Somos responsáveis por quem é colocado no poder, quer admitamos ou não. E devemos buscar o melhor para todos - e necessariamente isso tem de passar pelos valores nos quais acreditamos sim.
Há pontos positivos e negativos nas diferentes visões políticas. Portanto, acreditar cegamente numa liderança política de tom messiânico, subscrever todas as pautas ideológicas defendidas por amigos "politizados" sem refletir à luz da Palavra, se preocupar mais com vantagens pessoais obtidas através de um candidato em detrimento ao melhor para a grande maioria das pessoas, não pesar a idoneidade moral e ética do candidato antes de votar... todas estes são exemplos de atitudes equivocadas para um cristão. É nestas, e em outras questões parecidas, que nosso caráter é testado: e aprovado ou reprovado.
Por outro lado, se posicionar sempre pelo que é correto e justo, ainda que para isso você contrarie a expectativa de copartidários, ou faça você dar a mão à palmatória para amigos de visão política diferente, é sim uma atitude madura e cristã. Maior do que nosso compromisso com líderes de expressão regional deve ser nosso compromisso com o Senhor do Universo. Ou não é assim?
O Estado é laico - e isso é maravilhoso! Foi uma grande conquista para todos, crentes ou não! Significa que nenhuma crença religiosa - ou a não crença - deve ser imposta a ninguém pelos órgãos públicos. Contudo isso não significa que você deva ser neutro nas suas convicções e opiniões. Nem que deva ser um como cidadão e outro como cristão. Isso é uma interpretação equivocada da laicidade do Estado. Somos livres para pensar e lutar pelo que acreditamos ser o melhor para a sociedade. Sem brigas vãs, sem impor um ponto de vista. Mas sermos cristãos engajados, implicados com as pautas mais importantes da sociedade, como por exemplo os direitos dos pobres. Sem amor prático, nosso discurso fica vazio. Sem coerência, ficamos vendidos. Dialogando, sem abrir mão de valores, podemos avançar.
Por conta da crise econômica e de vários incidentes políticos nos últimos anos, o Brasil vive uma gigantesca polarização em termos políticos. Uns se dizem de direita, outros de esquerda, outros já desencantaram de política e alguns não sabem nem quem é o prefeito de sua própria cidade. E todos brigam, pois orientação política virou time de futebol. E o Brasil perde, óbvio. E os cristãos? Como devem se posicionar em meio a isso tudo? Será possível conciliar a fé cristã com determinada orientação política?
Embora eu tenda para uma visão política específica, que considero mais madura, acredito que nenhuma ideologia humana dá conta do que biblicamente é aconselhado. Não em sua totalidade. E, não, isso não é discurso para justificar a alienação. Pelo contrário, é um incentivo à reflexão honesta, que nasce da pesquisa e de um mínimo engajamento social, em coerência com o que cremos. Somos responsáveis por quem é colocado no poder, quer admitamos ou não. E devemos buscar o melhor para todos - e necessariamente isso tem de passar pelos valores nos quais acreditamos sim.
Há pontos positivos e negativos nas diferentes visões políticas. Portanto, acreditar cegamente numa liderança política de tom messiânico, subscrever todas as pautas ideológicas defendidas por amigos "politizados" sem refletir à luz da Palavra, se preocupar mais com vantagens pessoais obtidas através de um candidato em detrimento ao melhor para a grande maioria das pessoas, não pesar a idoneidade moral e ética do candidato antes de votar... todas estes são exemplos de atitudes equivocadas para um cristão. É nestas, e em outras questões parecidas, que nosso caráter é testado: e aprovado ou reprovado.
Por outro lado, se posicionar sempre pelo que é correto e justo, ainda que para isso você contrarie a expectativa de copartidários, ou faça você dar a mão à palmatória para amigos de visão política diferente, é sim uma atitude madura e cristã. Maior do que nosso compromisso com líderes de expressão regional deve ser nosso compromisso com o Senhor do Universo. Ou não é assim?
O Estado é laico - e isso é maravilhoso! Foi uma grande conquista para todos, crentes ou não! Significa que nenhuma crença religiosa - ou a não crença - deve ser imposta a ninguém pelos órgãos públicos. Contudo isso não significa que você deva ser neutro nas suas convicções e opiniões. Nem que deva ser um como cidadão e outro como cristão. Isso é uma interpretação equivocada da laicidade do Estado. Somos livres para pensar e lutar pelo que acreditamos ser o melhor para a sociedade. Sem brigas vãs, sem impor um ponto de vista. Mas sermos cristãos engajados, implicados com as pautas mais importantes da sociedade, como por exemplo os direitos dos pobres. Sem amor prático, nosso discurso fica vazio. Sem coerência, ficamos vendidos. Dialogando, sem abrir mão de valores, podemos avançar.
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