"Moisés lhe respondeu: 'O povo me procura para que eu consulte a Deus. Toda vez que alguém tem uma questão, esta me é trazida, e eu decido entre as partes, e ensino-lhes os decretos e leis de Deus'. Respondeu o sogro de Moisés: 'O que você está fazendo não é bom. Você e o seu povo ficarão esgotados, pois essa tarefa é pesada demais. Você não pode executá-la sozinho. Agora ouça o meu conselho. E que Deus esteja com você! Seja você o representante do povo diante de Deus e leve a Deus as suas questões. Oriente-os quanto aos decretos e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer. Mas escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão com você". (Êxodo 18.15-22)
Um olhar preconceituoso dirá que a Bíblia "só traz questões de fé, nada útil de verdade ao homem contemporâneo" - comentário que traz em si duas mentiras: uma, que a Bíblia só traz questões de fé, no sentido de questões dogmáticas, e outra, que questões de fé não são úteis ao homem de nosso tempo. Ou seja, arrogância moderna em tempos pós modernos. Apenas isso.
Esse texto com o conselho de Jetro, sogro de Moisés, nos demonstra claramente a amplitude do ensino bíblico, e em específico, os princípios administrativos da descentralização, da eficiência e da moralidade.
Segundo o princípio da descentralização, um bom líder não deve concentrar em si todas as decisões e muito menos toda a execução de um negócio. Isso, além de esgotar a energia criativa do líder, pode significar um orgulho bobo, e vai limitar significativamente o crescimento do seu empreendimento. É preciso valorizar e utilizar bem o capital humano disponível, compreendendo a contribuição singular de cada parte, de cada um da equipe. É claro que nem tudo deve ser descentralizado. O líder continuará direcionando a equipe: compartilhando a visão, relembrando a missão, confirmando os valores, acompanhando pessoalmente os líderes debaixo de sua supervisão e também a execução dos projetos como um todo, embora nem sempre diretamente.
O princípio anterior também está relacionado ao princípio da eficiência. Segundo este, você simplifica os processos e ao mesmo tempo produz mais, obtendo resultados satisfatórios para todos os envolvidos. Sem dúvida a maneira antiga de trabalhar de Moisés era desgastante tanto para ele como para os hebreus que o buscavam para resolver suas questões. Aquele trabalhava em excesso e não aproveitava outros com quem poderia dividir seu "fardo": isso fazia com que o serviço se tornasse demorado e imagino que perdesse a qualidade em alguns momentos. E para o povo também era complicado: tinham de suportar uma fila única interminável durante todo o dia, sofrendo riscos para sua saúde e aumentando sua tensão. Ou seja, o conselho de Jetro observou também aspectos de eficiência.
Finalmente, vemos uma ênfase no princípio da moralidade. Vejam que não disse moralismo, mas moralidade. É preciso colocar pessoas íntegras, que já deram provas de honestidade e competência, em funções de poder estratégicas. Não adianta nada você descentralizar, observar princípios de eficiência, porém ser pouco criterioso na escolha de quem trabalhará com você. Assim como "um pouco de fermento leveda toda a massa", pessoas de idoneidade duvidosa podem colocar em risco todo um bom projeto - além de atestarem contra seus líderes e toda uma instituição. Mais importante do que ser um bom gestor, um bom líder deve ser um bom observador e um bom treinador de outros líderes - no modelo servil, claro, o que é assunto pra outro texto. Hoje as empresas mais sérias do planeta têm concentrado esforços para treinar líderes servis e reafirmar diretrizes éticas e sociais, reafirmando valores como transparência, combate à corrupção, sustentabilidade e foco nas pessoas. Uma marca séria defende e pratica esses valores.
Um olhar preconceituoso dirá que a Bíblia "só traz questões de fé, nada útil de verdade ao homem contemporâneo" - comentário que traz em si duas mentiras: uma, que a Bíblia só traz questões de fé, no sentido de questões dogmáticas, e outra, que questões de fé não são úteis ao homem de nosso tempo. Ou seja, arrogância moderna em tempos pós modernos. Apenas isso.
Esse texto com o conselho de Jetro, sogro de Moisés, nos demonstra claramente a amplitude do ensino bíblico, e em específico, os princípios administrativos da descentralização, da eficiência e da moralidade.
Segundo o princípio da descentralização, um bom líder não deve concentrar em si todas as decisões e muito menos toda a execução de um negócio. Isso, além de esgotar a energia criativa do líder, pode significar um orgulho bobo, e vai limitar significativamente o crescimento do seu empreendimento. É preciso valorizar e utilizar bem o capital humano disponível, compreendendo a contribuição singular de cada parte, de cada um da equipe. É claro que nem tudo deve ser descentralizado. O líder continuará direcionando a equipe: compartilhando a visão, relembrando a missão, confirmando os valores, acompanhando pessoalmente os líderes debaixo de sua supervisão e também a execução dos projetos como um todo, embora nem sempre diretamente.
O princípio anterior também está relacionado ao princípio da eficiência. Segundo este, você simplifica os processos e ao mesmo tempo produz mais, obtendo resultados satisfatórios para todos os envolvidos. Sem dúvida a maneira antiga de trabalhar de Moisés era desgastante tanto para ele como para os hebreus que o buscavam para resolver suas questões. Aquele trabalhava em excesso e não aproveitava outros com quem poderia dividir seu "fardo": isso fazia com que o serviço se tornasse demorado e imagino que perdesse a qualidade em alguns momentos. E para o povo também era complicado: tinham de suportar uma fila única interminável durante todo o dia, sofrendo riscos para sua saúde e aumentando sua tensão. Ou seja, o conselho de Jetro observou também aspectos de eficiência.
Finalmente, vemos uma ênfase no princípio da moralidade. Vejam que não disse moralismo, mas moralidade. É preciso colocar pessoas íntegras, que já deram provas de honestidade e competência, em funções de poder estratégicas. Não adianta nada você descentralizar, observar princípios de eficiência, porém ser pouco criterioso na escolha de quem trabalhará com você. Assim como "um pouco de fermento leveda toda a massa", pessoas de idoneidade duvidosa podem colocar em risco todo um bom projeto - além de atestarem contra seus líderes e toda uma instituição. Mais importante do que ser um bom gestor, um bom líder deve ser um bom observador e um bom treinador de outros líderes - no modelo servil, claro, o que é assunto pra outro texto. Hoje as empresas mais sérias do planeta têm concentrado esforços para treinar líderes servis e reafirmar diretrizes éticas e sociais, reafirmando valores como transparência, combate à corrupção, sustentabilidade e foco nas pessoas. Uma marca séria defende e pratica esses valores.
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