Nova Friburgo, 1993
Eu tinha 11 anos de idade e estava no retiro de Carnaval da minha igreja, que foi realizado numa escola desativada - toda em madeira e com várias salas vazias que nos serviam de quartos, um auditório para os cultos e um pátio central grande. Eu me lembro de que tinha muita sede por Deus e queria ter experiências novas com Ele. Eu lia a Bíblia todo dia e tinha um desejo no meu coração de ser íntimo de Deus. Não via outros da minha idade buscando, mas nem ligava pra isso. Meu alvo era Ele.
E foi assim, durante um culto à noite, em que fomos estimulados a ajoelharmos e clamarmos pela presença de Deus, que eu tive uma das minhas experiências mais marcantes com Ele na infância. Com o rosto numa cadeira de plástico, eu chorei, chorei e chorei. E chorei mais. E mais um pouco. Não estava triste com nada, mas orava, clamava por mais Dele, falava em línguas desconhecidas e derramava minha alma. Não tenho noção de quanto tempo fiquei ali. Mas lembro até hoje que quando levantei a cabeça havia uma verdadeira poça de lágrimas na cadeira, que era um pouco funda. Lembro que me surpreendi com a quantidade.
Até hoje eu recordo desse momento com carinho e me sinto triste se percebo que faz algum tempo que não O busco com a mesma intensidade, que não me derramo pra valer em Sua presença. Só Ele me conecta comigo mesmo. Só Ele traz sentido ao que vivo. Ainda trago muito desse menino dentro de mim, mas todos os dias preciso me lembrar de ser simples, dependente e apaixonado como já fui.
Reflexão: Qual a lembrança mais antiga que você tem de buscar a Deus, de uma oração sincera que fez? Que experiência com Deus mais te marcou até hoje?
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