Na primeira carta de Paulo aos coríntios, capítulo 13, último verso, lemos que no fim restarão apenas a fé, a esperança e o amor - e que destes o maior é o amor. Show. Lindo. Mas cá estava eu pensando: muito é falado da fé, e realmente faz sentido que ela sobreviva depois de tudo que é visível; sobre o amor então nem se fala, é o tema preferido dos poetas, é o segundo nome do Criador; mas e a esperança? Ok, o ditado diz que "é a última que morre", mas ela parece tão normal!
Sei não, mas ela parece meio volátil: ora tenho, ora não - ou não de forma tão consistente. Tipo aquele grupo "não escolhi esperar, mas tô esperando". Algo assim. Se a única opção é ter esperança, ok, mas gostaria de algo mais concreto, por favor! Tipo arroz e feijão. Tipo amor e fé. Mas quem disse que é esperança sem fé ou esperança sem amor? Bem, aí ficou mais interessante.
Precisamos esperar, senão não faz sentido muito que vivemos. Viver só pro agora é bonito teoricamente, mas muito difícil quando o agora é muito ruim. Precisamos esperar. O amanhã, a cura, a mudança, a permanência, a ida, a volta, o sonho, a criança, o envelhecer. E esperar ou esperançar com fé é diferente. Mais que torcida, confiança. Mais que otimismo, conhecimento sublime: Aquele que prometeu sempre cumpre. E o que falar da esperança com amor? Quem ama cuida. Pronto, acho que não preciso falar mais nada.
A esperança é necessária. Nos dias bons, nos dias maus, ela nos ajuda a continuar caminhando. Em que caminho? No da fé. De que forma? No amor. Dá vontade de jogar tudo pro alto e sumir. Dá vontade de gritar pra todo mundo ouvir meus medos e dores. Sim, dá vontade. E passa. Se esperarmos apenas do acaso podemos nos frustrar. Se esperamos do Autor da Vida, valerá a pena viver. Muito passa, mas a Esperança não decepciona.
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